Um grupo que se autodenomina Cyber PC Brigade publicou uma nota de resgate na dark web, ameaçando revelar dados de identidade pessoal dos cidadãos se o pagamento não for feito até amanhã, sexta-feira (13).
Os ciber criminosos querem US$ 7,4 milhões de resgate.
No entanto, de acordo com a rede de jornalistas investigativos do Projeto de Reportagem sobre Crime Organizado e Corrupção (OCCRP), o Paraguai alega que não pagará aos cibercriminosos que obtiveram dados pessoais que podem afetar todos os cidadãos.
“O governo nunca negocia com esse tipo de ameaça”, disse o ministro de Tecnologia e Informação, Gustavo Villate, ao OCCRP.
O Cyber Brigade PC publicou uma mensagem de resgate direcionada aos paraguaios na chamada darknet, um espaço online onde criminosos vendem drogas, armas e outros bens e serviços ilícitos.
“Temos registros de todos os cidadãos, de todas as pessoas que residem no Paraguai”, afirmou o grupo de hackers.
A Cyber PC Brigade acrescentou que “daria a esses burocratas uma boa oportunidade” de resolver o problema pagando um resgate de aproximadamente um dólar por cidadão antes desta sexta-feira.
A mensagem incluía um cronômetro contando os dias, horas, minutos e segundos até o prazo final.
O Paraguai tem sido alvo de vários ataques cibernéticos recentemente, incluindo um hack nesta semana da conta X do presidente do país, Santiago Peña.
Em maio, criminosos cibernéticos violaram diversas instituições públicas paraguaias, incluindo os Ministérios da Saúde, Justiça e Trabalho.
Em novembro, uma equipe de investigadores paraguaios e americanos disse que o país havia sido alvo do “ator de espionagem cibernética Flax Typhoon”, que tinha ligações com o governo chinês.
As autoridades paraguaias negaram que sistemas governamentais tenham sido hackeados desta vez. Em vez disso, informaram ao OCCRP que a última tentativa de ransomware provavelmente se baseou em dados coletados em ataques anteriores.
“É muito comum que grupos de ransomware assumam a responsabilidade por atividades que, na verdade, não realizaram”, disse Pedro Martínez, diretor de segurança cibernética do Ministério de Tecnologia e Informação.
Fonte Extra com inf. Ultima Hora