Atualizada às 7h34 -24/06/2025
Um crime movimenta a pequena Mbaracayu, cidade situada no norte de Alto Paraná, Paraguai, em frente à região lindeira ao Lago de Itaipu na Costa Oeste do Paraná, regiões ligadas pelo Porto Internacional de Santa Helena.
O assassinato de Lucineia Gomes Ribeiro, brasileira, encontrada sem vida em estado de decomposição numa vala da colônia Guarani del Leste, no mesmo munícipio Mbaracayú, continua sob investigação com muitas pontas desamarradas.
A mulher estava desaparecida há mais de 15 dias a partir do dia 30 de maio, quando seu corpo foi encontrado no domingo, 15 de junho, com sinais de violência e um tiro disparado a curta distância na nuca.
O achado do cadáver ocorreu perto de uma lagoa em uma área arborizada próxima à reserva biológica Itabo de Itaipú. O estudo forense, realizado pelo Ministério Público em Assunção, revelou que além do tiro fatal, a vítima apresentava vários ferimentos compatíveis com torturas como fraturas no maxilar e na clavícula.
As linhas de investigação
O procurador Fidel Godoy, responsável pelo caso, confirmou que são tratadas pelo menos três hipóteses, entre elas um possível feminicídio, um roubo ou execução ligada a membros de uma facção criminosa, além de uma linha de investigação que ainda não foi revelada por se tratar de uma etapa sigilosa do processo.
Uma irmã especial, uma sobrinha com nenê, cunhado e outra irmã, em S. Helena, aguardando por justiça (Foto: Elder Boff/Fonte Extra)
Primeira e segunda hipóteses
Prosseguindo nas investigações o Ministério Público foi na casa de Sadi Antonio Vargas, marido da vítima, onde apreendeu projéteis, duas armas de fogo (uma de ar comprimido) e um DVR (gravador de câmera de segurança) de circuito fechado.
Eles também encontraram um registro de posse correspondente a outra arma, que segundo o proprietário afirmou, foi vendida há dois meses. As provas foram enviadas para peritagem para determinar se estão relacionadas com o crime ou não.
Irmã chora inconformada diante do vestido da falecida no interior da casa onde ela ficava em S. Helena (Foto: Elder Boff)
Lucineia viajava frequentemente para Santa Helena, no lado brasileiro, para cuidar da mãe, que sofreu um AVC. Nessa cidade eu tem duas casas. De acordo com o relato de familiares, quando se diria a Santa Helena, ficava incomunicável por vários dias, segundo teria dito o marido em depoimento, o que explicaria por que o seu desaparecimento não foi dado imediatamente.
Terceira linha de investigação
Outra possibilidade aponta para um possível ajuste de contas. Ainda segundo o MP paraguaio, no ano passado, Lucineia teria alugado uma das suas casas em Santa Helena a quatro pessoas que seriam ligadas a uma organização criminosa, duas das quais foram presas.
Em novembro, ela foi chamada a depor pela polícia no lado brasileiro e esta linha de investigação presume que ela possa ter sido morta como retaliação por aqueles que conseguiram escapar.
O promotor indicou que ainda estão aguardados relatórios principais de criminalística, companhias telefônicas e autoridades policiais do Brasil.
Uma quarta hipótese não foi revelada, porque é mais delicada e o promotor afirmou que prefere reservar essa suspeita e referir-se apenas se forem encontrados indícios.
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Fonte Extra com inf. Dia a Dia Notícia
