O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) anunciou, neste domingo (20), que não pretende renunciar ao mandato, mesmo com o término de sua licença de 120 dias, que vigorava desde março quando ele se mudou para os Estados Unidos alegando perseguição política. Durante uma live em seu canal no YouTube, afirmou que tem condições de “levar o mandato” por mais três meses e, caso não renuncie oficialmente até amanhã, continuará a receber o salário mensal de R$ 46,3 mil, além de benefícios e foro privilegiado.
A licença, que venceu hoje, não será imediatamente contabilizada em faltas em razão do recesso parlamentar, previsto até 4 de agosto. Após o retorno dos trabalhos, ausências que ultrapassem um terço das sessões poderão levar à perda automática do mandato, caso a Mesa Diretora da Câmara decida por essa medida.
Paralelamente, Eduardo é alvo de inquéritos no STF por tentar mobilizar o governo dos EUA para retaliar autoridades brasileiras, incluindo ministros da Corte, além de atuar em prol de medidas para barrar o andamento de ações penais relacionadas à chamada “trama golpista”, na qual seu pai é réu. O deputado também criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou durante a transmissão de “gângster de toga”, e ironizou a decisão da Administração Trump de suspender vistos de magistrados brasileiros.
Fonte Extra com Rodrigo Vilela/DP