Por Elder Boff*
É óbvio que ele tem qualidades, que deve ter feito muitos julgamentos observando a essência da magistratura, mas algumas atitudes o transformaram num exemplo do que se transformou a alta corte brasileira, com viés político, jamais aceitável num país sério. Antecipa em oito anos a sua aposentadoria compulsória, o ministro “Luís Roberto Barroso.
Quando em sã consciência, um magistrado de tal envergadura, teria isonomia para julgar qualquer que fosse o caso relacionado a Lula ou a Bolsonaro, visto que tomou partido em declaração pública, por, pelo menos duas oportunidades.
Se “Perdeu, mané” ou “Derrotamos o bolsonarismo” (vídeo) não for manifestação de lado político, o que seria então.
Vai que Barroso com este ato lúcido em favor da Justiça Brasileira, venha a inspirar outros colegas, da mesma forma, nitidamente envoltos em ideologias político-partidárias… Ele anunciou na tarde desta quinta-feira (09) sua aposentadoria antecipada. Se quisesse, ficaria até 2033, quando fará 75 anos.
E com a saída de Barroso, Lula vai poder indicar seu 11º ministro. Segundo os bastidores da política, quem desponta com mais força é o advogado-geral da União, Jorge Messias (Bessias), aquele mesmo mensageiro de Dilma que levou a nomeação para Lula exercer um cargo no governo, antes de ser preso por corrupção.
Ele é considerado homem de confiança do petista e com perfil alinhado ao governo. Outro personagem mencionado é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, o ministro do TCU Bruno Dantas e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho. Há quem aposte, ainda, que o presidente da República optará por uma mulher e escolherá Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do Superior Tribunal Militar.
Dentre os atuais ministros, quatro foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas três vezes em que comandou o Executivo, e outros três por Dilma em seus dois mandatos.
Bolsonaro (PL), com duas indicações, FHC e Michel Temer, com uma cada.

*Editor-chefe do Fonte Extra






