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Investigado na CPMI do INSS disse que deu dinheiro para filha de Ricardo Barros na campanha para a prefeitura de Curitiba

ernando Cavalcanti se fez de desentendido, no depoimento à CPMI do INSS – Foto: Carlos Moura/AgSenado.

O salto de um salário de R$ 5 mil para a condição de multimilionário foi o fio condutor dos questionamentos. Convocado para explicar o rápido enriquecimento — demonstrado pelos bens de luxo apreendidos pela Polícia Federal em sua mansão em Brasília, em nova fase da operação Sem Desconto — e as conexões com o advogado Nelson Wilians, com Maurício Camisotti e com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, suspeitos de participação nas fraudes contra aposentados e pensionistas, Cavalcanti negou qualquer relação com o esquema.

“Como democrata, gosto de ajudar amigos e apoiar projetos. O interesse pessoal é zero” — declarou, reconhecendo ter contribuído com R$ 200 mil para a campanha eleitoral da deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros, filha do deputado Ricardo Barros (PP-PR), à prefeitura de Curitiba. Para os outros, disse ter contribuído com R$ 100 mil.

Ricardo e a filha Victoria (Facebook)


Cavalcanti também informou ter colaborado com os partidos PP e PT nacionais — segundo ele sempre legalmente, de forma declarada — com a quantia de R$ 100 mil para cada um. Mostrado em vídeos pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) participando de festas e encontros com empresários e políticos, como os governadores Ibaneis, do DF; Ratinho Jr., do Paraná; e Tarcísio de Freitas, de São Paulo — Cavalcanti disse que suas colaborações sempre foram feitas de forma legal.

Isso foi dito nesta segunda-feira (6), pelo empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, convocado para explicar o rápido enriquecimento, questionado pelo relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar.

Cara de pau

De acordo com relato da Agência Senado, o relator quis saber quantos carros de luxo estavam registrados na empresa de investimentos FAC, de propriedade de Cavalcanti. Em resposta, ele informou que são “21 ou 23” — como uma Ferrari avaliada em cerca de R$ 4 milhões, três Mercedes, dois Cadillacs, uma réplica de um carro de Fórmula 1 e motocicletas importadas. Os veículos foram apreendidos pela PF. Ele disse que entregou as chaves dos veículos à PF “de forma espontânea” e relatou que “a famosa Ferrari” está sendo paga em prestações até 2027.

Fernando Cavalcanti reconheceu ter uma relação próxima com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a quem definiu como “um gestor competente e amigo querido”. Ele confirmou que presenteou o governador com um Fusca de colecionador, no valor de R$ 70 mil. O empresário também ressaltou a amizade com o deputado distrital Joaquim Roriz Neto (PL).

O empresário compareceu à CPMI com o direito de ficar em silêncio, resguardado por uma decisão do STF, em caso de perguntas cujas respostas pudessem ser consideradas autoincriminatórias. Por orientação do seu advogado, Thiago Machado, ele preferiu não assumir o compromisso de falar a verdade. Após as perguntas do relator, Cavalcanti passou a fazer uso do direito de ficar calado.



Fonte Extra
com inf. Diário do Poder/Ag. Senado

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