O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (24) a prisão “imediata” do ex-presidente Fernando Collor de Mello, 75 anos, por participação no esquema de corrupção na BR Distribuidora.
Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em um desdobramento da operação Lava Jato. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
“Determino […] a prisão e o início do cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado, em relação ao réu Fernando Affonso Collor de Mello”, escreveu o ministro na decisão. Em nota, a defesa disse que o ex-mandatário se apresentaria para cumprir a ordem de prisão.
Mesmo diante do anúncio da defesa de que Collor se apresentaria espontaneamente, a Polícia Federal cumpriu na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h, o mandado de prisão.
Após a ação da PF, o advogado de Collor, Marcelo Bessa, disse quando ele se preparava para viajar a Brasília a fim voluntariamente se apresentar às autoridades.

Plenário Virtual do STF (STF)
Colegiado virtual para analisar a decisão monocrática de Moraes
Moraes solicitou ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, a realização de sessão extraordinária do plenário virtual a partir das 11h de hoje até 23h59, a fim de que os demais integrantes da Corte avalizem sua decisão.
Para Moraes, teria sido provado que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, na construção de bases de distribuição de combustíveis.
O dinheiro teria sido pago em troca de apoio político manutenção de diretores da empresa, que na época era uma estatal subsidiária da Petrobras.
Sendo assim, ressurge nos noticiários, a maior operação contra a corrupção já realizada no Brasil, talvez no mundo, a Lava-Jato, que culminou com várias prisões, inclusive do atual presidente Lula e devolução de aproximadamente 25 bilhões de reais.

Lula e Moro nos tempos da Lava-Jato (Reprodução)
Fonte Extra com inf. Diario do Poder/Gazeta do Povo