A morte de um ex-assessor da Liderança da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) gerou discussões e acusações na sessão desta terça-feira (21). Segundo o deputado Tito Barrichello (União), Valdecir Ferreira da Silva, de 48 anos, reagiu a uma abordagem policial na sexta-feira (17) e foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Militar no bairro Tatuquara, em Curitiba.
Silva foi exonerado da Alep em julho do ano passado, após ser denunciado por abusar da própria enteada. O portal da transparência da Assembleia mostra que ele foi contratado em 1º de junho de 2023 e exonerado no dia 5 de julho de 2024, com um salário bruto de R$ 11.990,90 (cerca de R$ 9,2 mil líquidos).
Tito Barichello acusou o deputado Renato Freitas (PT), responsável pela indicação do assessor, de ter nomeado um bandido. Segundo Barrichello, Ferreira vivia no assentamento Nova Esperança, em Campo Magro, e “comandava uma organização criminosa” que teria incendiado um ônibus na cidade da região metropolitana de Curitiba em 2021. O deputado lembrou ainda que o ex-assessor concorreu a vereador pelo PT em Curitiba no ano passado e recebeu R$ 128 mil para sua campanha.
O deputado Ricardo Arruda (PL) insinuou que Ferreira teve participação na morte do policial militar Gabriel Thomaz Fadel, em abril do ano passado, a afirmou que o ex-assessor fazia “julgamentos” na suposta organização criminosa e chegou a ser preso em 2023 em Santa Catarina. De acordo com Arruda, Ferreira abusou da enteada quando ela tinha entre 11 e 14 anos.
Renato Freitas disse que Valdecir Ferreira foi indicado pelo Movimento Popular de Moradia (MPM) e foi exonerado assim que a denúncia de abusos à enteada chegou ao PT. Freitas lembrou a contratação de Fernando Gomes, comentarista esportivo preso durante operação contra fraudes à saúde pública em Fazenda Rio Grande. Gomes teve um cargo na Alep até setembro deste ano, na Liderança do PSD, com salário bruto de R$ 18.831,43 (líquido de R$ 14,3 mil).
Fonte Extra com Plural Curitiba






