Por André Becker*
Nos Estados Unidos, o governo federal só pode gastar dinheiro se o Congresso aprovar o orçamento. Quando democratas e republicanos não chegam a um acordo, o financiamento é suspenso e acontece o chamado shutdown.
Na prática, isso significa a paralisação de vários serviços públicos: parques nacionais fecham, emissão de vistos e passaportes atrasa e milhares de servidores ficam sem receber ou são afastados temporariamente.
Apenas setores considerados essenciais — como segurança, saúde, militar e controle aéreo — continuam funcionando.
O shutdown não afeta apenas a máquina pública**: ele gera prejuízos econômicos, incerteza nos mercados e atinge diretamente a vida de milhões de pessoas.
No fundo, é um reflexo da disputa política em Washington que acaba pesando no dia a dia da população.

* Professor, bacharel em administração de empresas pela Unioeste e pós-graduado em gestão pública. Servidor público aposentado, foi dirigente sindical e líder comunitário atuando em pastorais. Atualmente é prestador de serviços na área da construção civil, como sócio- proprietário da Tecnobrocas.
**NR. “Qualquer ameaça, ainda que remota, de instabilidade fiscal nos EUA repercute no sistema financeiro global, provocando fuga de capitais de mercados emergentes, valorização do dólar e elevação do custo de financiamento externo. Economias latino-americanas, como o Brasil, são particularmente vulneráveis, pois em cenários de incerteza, investidores internacionais retiram recursos de países emergentes para alocá-los em ativos considerados mais estáveis, pressionando o câmbio e alimentando a inflação.”
(Ahmed El Khatib, professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).
Fonte Extra






