O Brasil registrou seu primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial na última sexta-feira (16). De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), órgão da ONU que lidera esforços no combate à fome, a descoberta marca uma nova era do vírus no Brasil.
Na tarde deste sábado, Irineo da Costa Rodrigues, diretor presidente da Lar Cooperativa e do Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), conversou com Fonte Extra para falar a respeito da Influenza Aviária, depois da confirmação da doença no Rio Grande do Sul.

Irineo da Costa Rodrigues durante o fórum Lar Agro + Milho (Comunicação Lar)
Com uma agenda bastante corrida devido o Fórum Lar Agro + Milho durante toda a sexta-feira (16) e uma reunião à noite com a ABPA, que durou duas horas, o sábado foi também de intensa correria conversando com autoridades sanitárias do Brasil e imprensa por vídeo conferência.
Ao final da tarde de hoje (17) Irineo Rodrigues atendeu Elder Boff e expos a reação do setor elogiando o trabalho de toda imprensa nacional pela divulgação dos fatos como realmente aconteceram.
Sobre a perspectiva de retomada dos negócios internacionais suspensos devido à constatação da gripe aviária, o diretor presidente da Lar foi enfático ao afirmar que para conquistar o mercado, para habilitar é demorado e esta situação não vai se resumir somente à quarentena de 28 dias.

A Associação Brasileira de Proteína Animal, da qual Irineo da Costa Rodrigues é presidente do Conselho Diretivo, lançou uma Nota Setorial em relação à identificação de foco de H5N1:
Nota da ABPA
Com relação à identificação de foco de H5N1 em uma granja de aves do município de Montenegro (RS), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) ressaltam a total transparência do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, juntamente com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul em relação à identificação, comunicação e contenção da situação, que é pontual.
A ABPA e a ASGAV estão apoiando o MAPA e a Seapi neste processo. Todas as medidas necessárias para o contingenciamento da situação foram rapidamente adotadas, e a situação está sob controle e monitoramento dos órgãos governamentais.
Ao mesmo tempo, as entidades confiam na rapidez das tratativas que serão adotadas pelo Ministério e pela Secretaria em todos os níveis, de tal forma que qualquer efeito decorrente da situação seja solucionado no menor prazo possível.
Por fim, a ABPA e a ASGAV lembram que a situação em questão – assim como qualquer outra ocorrência da enfermidade em aves – não representa qualquer risco ao consumidor final.
Fonte Extra
(Reportagem: Elder Boff / Edição: Eldriã Boff / FE)