Por Elder Boff*
Passa ano, chega ano e nada da energia fornecida pela Copel funcionar à excelência como se esperaria em uma cidade rica, numa região muito próspera e ainda, ao lado de uma das maiores hidrelétricas do mundo.
Por mais que trabalhadores da subsidiária de energia, diretos ou terceirizados se esforcem, estão sempre “apagando incêndio” como se diz e basta um vento um pouco mais atípico como o que aconteceu na quinta-feira (16) que o caos acaba se estabelecendo.
Há propriedades, que pelo menos até o meio da manhã deste sábado, três dias depois a intempérie mais acentuada, estão sem energia elétrica, inclusive o centro da cidade, onde residências, comerciantes e turistas, ficaram literalmente à luz de velas.
Tudo evoluiu nas últimas décadas e parece que o fornecimento da energia não acompanhou o progresso, pelo menos nas questões estruturais. Não é muito incomum, no interior, por exemplo, morreram milhares de animais, principalmente frangos por causa da queda de luz.
São muito mais casas, inúmeros empreendimentos rurais, indústrias e o sistema de transmissão de energia não acompanhou totalmente a demanda que cresceu. A gestão da energia daquela que sempre foi considerada um modelo para o país, para quem fica três dias sem luz, é falida.

*Editor-chefe do Fonte Extra






